A cultura popular e o folclore são expressões profundas da alma de um povo. São o reflexo de suas lutas, alegrias, crenças, saberes e modos de vida. Em cada canto do Brasil, essas manifestações tomam formas únicas desde as festas religiosas até os cordéis, danças, músicas, histórias, culinária e artesanato formando um elo afetivo entre passado, presente e futuro.
Mais do que entretenimento ou curiosidade, a cultura popular é um instrumento de pertencimento. Ela molda a identidade de comunidades inteiras, fortalece os laços sociais e dá voz às raízes históricas que muitas vezes não estão nos livros, mas sim nos batuques, nas rodas de conversa e nos festejos do povo. O folclore, por sua vez, resgata a ancestralidade e conecta as gerações, permitindo que os mais jovens entendam de onde vieram e valorizem a riqueza cultural que os cerca.
As festas populares, como o Bumba Meu Boi no Maranhão, o São João no Nordeste ou o Círio de Nazaré no Pará, são exemplos vivos dessa herança que resiste ao tempo. Elas movimentam a economia local, geram empregos temporários, estimulam o turismo e, acima de tudo, despertam orgulho e autoestima na população. O mesmo acontece com o artesanato regional e a culinária típica, que são formas de expressão e sustento que carregam saberes seculares.
Investir na valorização da cultura popular é investir no fortalecimento da cidadania. É enxergar na arte e na tradição o poder de educar, de transformar realidades e de inspirar novas possibilidades. É proteger aquilo que nenhuma tecnologia pode substituir: o sentimento de pertencimento, a memória coletiva e a sabedoria do povo.
Preservar o folclore e a cultura popular não é apenas uma escolha estética é uma decisão política, ética e emocional. É garantir que as vozes da comunidade continuem sendo ouvidas, respeitadas e celebradas por todas as gerações.