Stealthing é o nome dado a uma prática abusiva em que uma das partes remove o preservativo durante o ato sexual sem o conhecimento ou consentimento da outra. Embora ocorra de forma disfarçada, o stealthing é uma forma de violência sexual, pois quebra o acordo sobre como aquela relação seria conduzida, ferindo a autonomia e a segurança da vítima.

Essa prática traz consequências sérias, como o risco de infecções sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e, principalmente, traumas emocionais duradouros. A vítima se vê violada em um momento de intimidade, onde a confiança foi rompida sem qualquer aviso ou chance de defesa. Ainda assim, muitos casos permanecem invisíveis à Justiça e à sociedade.

O receio em denunciar o stealthing está ligado a diversos fatores. Primeiramente, o desconhecimento sobre o próprio termo e sobre os direitos que garantem relações sexuais consentidas e seguras. Muitas vítimas nem sabem que o que sofreram tem nome e pode ser considerado crime em alguns países. Além disso, o julgamento social, a revitimização nos espaços de denúncia e a vergonha contribuem para o silêncio. Existe também o medo de não serem levadas a sério ou de serem culpabilizadas pela situação.

É fundamental que se promova mais informação sobre o tema, garantindo que as vítimas saibam que não estão sozinhas e que existem caminhos para buscar justiça. O combate ao stealthing é também o combate à cultura da violação e do silêncio.

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