A cultura baiana é um dos maiores símbolos da diversidade e da riqueza cultural do Brasil. Fruto de uma miscigenação única entre povos indígenas, africanos e europeus, a Bahia pulsa em cada canto com história, fé, arte e tradição. Sua identidade é marcada por uma expressão autêntica que mistura o sagrado e o profano, o popular e o sofisticado, o passado ancestral e a modernidade criativa.
A música é uma das manifestações mais poderosas dessa identidade. Do axé ao samba-reggae, do forró ao arrocha, passando pela herança do candomblé com seus atabaques e cantigas, a Bahia canta com o coração do povo. Nas ruas do Pelourinho, nos terreiros, nas festas de largo e nos trios elétricos, o som baiano é convite ao movimento e à celebração da vida.
Na culinária, a cultura se revela em aromas e sabores intensos: o dendê, o acarajé, a moqueca, o vatapá e o abará são mais do que pratos são memórias vivas de um povo que resiste e transforma ingredientes em rituais de afeto e ancestralidade.
As festas populares, como o Carnaval de Salvador, a Lavagem do Bonfim e o São João no interior, mostram uma Bahia que sabe festejar como poucas, misturando fé, alegria e participação coletiva. Já na literatura, nas artes visuais, no teatro e no cinema, nomes baianos ganham o mundo com sua criatividade e força narrativa.
A Bahia é, acima de tudo, território de resistência cultural. É o berço da negritude brasileira, do orgulho afrodescendente, da espiritualidade que abraça, da musicalidade que liberta e da hospitalidade que acolhe.
Ser baiano é carregar no corpo e na alma um Brasil inteiro e ainda assim, ser único.