As obras da tão aguardada Ponte Salvador-Itaparica já têm data oficial para começar: junho de 2026. A confirmação foi feita pelo consórcio responsável pelo empreendimento, em anúncio realizado nesta sexta-feira (29). Com investimento estimado em R$ 11 bilhões, o projeto promete transformar a mobilidade, a economia e a integração regional na Bahia.

A definição da data segue rigorosamente o prazo estipulado no contrato assinado com o Governo do Estado em 4 de junho deste ano. O documento previa que a construção se iniciasse ao menos um ano após a assinatura. Antes do início efetivo, em dezembro de 2025, terá início o projeto executivo. Já em maio de 2026 será erguida a plataforma provisória que servirá como base para a ponte.

Histórico do contrato e negociações

O acordo foi oficializado pelo governador Jerônimo Rodrigues, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao. O Tribunal de Contas do Estado (TCE/BA) teve papel central na mediação e homologação da proposta, que exigiu meses de articulações até ser aceita por todas as partes.

O Senado Federal aprovou um empréstimo de até US$ 150 milhões (cerca de R$ 800 milhões) para compor o fundo garantidor do empreendimento. Já a etapa de sondagem, concluída em abril deste ano, mobilizou mais de 20 empresas baianas e demandou investimentos de R$ 200 milhões.

Características do projeto

A Ponte Salvador-Itaparica terá 12,4 quilômetros de extensão sobre o mar, tornando-se a maior da América Latina. Além da ponte principal, o projeto engloba uma série de intervenções viárias, incluindo acessos em Salvador e Vera Cruz, uma nova variante rodoviária em Mar Grande e a recuperação de trechos da BA-001.

O empreendimento será realizado em regime de parceria público-privada (PPP) e compõe o Sistema Viário Salvador-Ilha de Itaparica, dividido em cinco trechos estratégicos que contemplam desde a capital até a cabeceira da Ponte do Funil.

Impactos esperados

Segundo o governo estadual, a obra deverá gerar cerca de sete mil empregos diretos e indiretos, estimulando o desenvolvimento econômico da região. Após a conclusão, estima-se que aproximadamente 10 milhões de baianos, em cerca de 250 municípios, sejam beneficiados com maior integração territorial, redução no tempo de deslocamento e novas oportunidades de negócios.

O projeto é visto como um marco para a infraestrutura baiana, com potencial de alterar o eixo de crescimento econômico do estado, impulsionando o turismo, a logística e a mobilidade urbana entre Salvador, a Ilha de Itaparica e toda a região do Recôncavo.

Fonte: https://modaisemfoco.com.br