A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) aprovou oficialmente a recomendação técnica que reconhece o etanol de milho do Brasil como matéria-prima viável para a produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF). A conquista é fruto da atuação técnica liderada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com o apoio de especialistas brasileiros e instituições como Embrapa, Unicamp e FGV.
A decisão foi tomada durante a 13ª Reunião do Comitê de Proteção Ambiental da Aviação (Caep) e estabelece um marco regulatório essencial para a produção certificada de SAF a partir de culturas múltiplas, permitindo maior produtividade sem expansão de áreas plantadas ou impactos negativos no uso da terra. Essa metodologia reconhece que países com clima favorável, como o Brasil, têm vantagem competitiva na oferta sustentável de matérias-primas, sem comprometer a segurança alimentar.
Além disso, o Conselho da OACI também aprovou os valores de intensidade de carbono para a rota de produção do SAF a partir do milho de segunda safra (milho-safrinha). A aprovação fortalece o uso da tecnologia Ethanol-to-Jet, que transforma o etanol em combustível sustentável, pronto para abastecer as aeronaves atuais sem a necessidade de adaptação dos motores ou infraestrutura.
Essa conquista abre caminho para que o Brasil assuma papel de destaque no mercado global de SAF, oferecendo soluções energéticas limpas e renováveis, gerando empregos e renda e contribuindo significativamente para a descarbonização da aviação. A iniciativa faz parte do projeto Conexão SAF, que une setores público e privado, universidades e centros de pesquisa na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para o futuro do transporte aéreo.
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